Altos e baixos na formação dos preços das ações…
“Bom dia Leitão!
Na sua opinião, os valores das ações no mercado estão baixos ou nos anos anteriores é que estavam superestimados? Ou seja, o valor correto seria o atual e não o de alguns anos atrás?
Abraço!
Mendigo_Suiço”
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Oi Mengido_Suiço!
Olha que curioso: o valor das ações pode estar alto e baixo todos os anos… Isso justamente por causa do zig-zag natural dos preços e da também natural valorização da empresa no tempo, ou o inverso, deterioração dos fundamentos no tempo.
A ação de uma empresa pode custar R$ 50,00 em janeiro do ano-1 e estar barata, e custar R$ 60,00 em janeiro do ano-2 e também estar barata. Isso porque R$ 60,00 hoje é o preço valorizado no tempo. E do mesmo modo, uma empresa pode custar R$ 50,00 em janeiro do ano-1 e estar cara e depois cair para R$ 30,00 no ano-2 e continuar cara, pois pode ser que seus fundamentos tenham se deteriorado no tempo.
Por exemplo: Até o momento (fev/2016) Ambev e Weg são duas empresas com bonitas curvas ascendentes, a despeito de crise, ou seja, bom negócio e boa gestão; Do mesmo modo, Gol e Eletrobrás permanecem em baixa muito antes da crise, ou seja, negocio ruim e má gestão.
Ano passado tivemos boas empresas a preços bons, e esse ano também teremos boas empresa a preços bons. Isso vai depender da relação preço/valor, preço/qualidade. Quem procura escolher boas empresas e mantém disciplina sistemática de acumulação está sempre dentro do jogo e com boas cartas na mão…
De modo geral o mercado tem estado em fase de baixa nos últimos anos e acentuou agora nesse começo de ano. Muitos estão no vermelho, mas esses vales são normais. O foco deve ser na acumulação de empresas com bons fundamentos, que vão passar bem por essa crise (e outras crises futuras).
Abraço!
Leitão
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Filed under: Comportamento de mercado, filosofando, Melhores artigos | 4 Comments
Tags:filosofando
Valeu Leitão!!! O negócio é ficar sempre monitorando.
Abraço
Leitão, achei esse seu raciocínio nota 10, como sempre nos brindando com seu conhecimento.
Abraços.
Muito bom, Leitão!
Tenho uma dúvida que talvez tenha um pouco a ver com seu post:
Olhando alguns gráficos das empresas do seu cardápio (ABEV3 e CMIG4), percebi que a ABEV3 apresentou uma valorização quase que constante nos últimos anos, enquanto que a CMIG4 voltou a ser negociada a valores de quase 10 anos atrás.
Olhando alguns indicadores destas empresas percebi que a ABEV3, apesar dos bons fundamentos, está “cara”! Enquanto que com a CMIG4 está acontecendo o contrário!
Nesse caso específico, seria a hora de aumentar os aportes em CMIG4 e diminuir em ABEV3, ou independente das ações estarem “caras” ou “baratas”, os aportes devem ser constantes, sem considerar as valorizações/desvalorizações dos últimos meses/anos?
Obrigado desde já, Leitão!
Oi Amarildo!
Obrigado! Valeu!
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Oi Sérgio!
Seu raciocínio está correto. Entretanto, são duas estratégias diferentes: Investimento Gradual e Investimento em Valor.
No Investimento Gradual os aportes são sempre $ constantes. Assim, naturalmente, você vai comprar mais qtde de uma empresa que está baixa e menos da que está alta. Sem precisar de análises minuciosas e sem interferência do fator emocional. Uma grande vantagem dessa estratégia.
No Investimento em Valor, aí sim, é necessário esforço extra de análise e muito controle emocional, para poder aportar mais de forma pontual e certeira.
É muito importante entender isso para não misturar as coisas e acabar prejudicando o que cada uma tem de bom.
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Abraços!
Leitão